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Conversores de Áudio

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Tudo o que precisas de saber sobre conversores de áudio

Os conversores de áudio (AD/DA) são uma peça-chave em qualquer cadeia de recording: transformam sinais analógicos em dados digitais — e vice-versa. Aqui explicamos as diferenças entre conversores, Audio Interface e preamps, e quais os números e especificações que realmente contam na prática.

 

Conversores AD/DA, Audio Interface & pré-amplificadores

Estes três tipos de equipamento são blocos da cadeia de sinal e, na maioria dos casos, vêm integrados num só aparelho: a Audio Interface. Audio Interfaces de marcas premium como RME, Apogee, Lynx, Antelope ou Universal Audio costumam cumprir exigências profissionais em conversão AD/DA e pré-amplificação. E mesmo em interfaces mais acessíveis, a qualidade atual é muito superior ao que era comum há 10–15 anos.

Em setups complexos e/ou particularmente exigentes (“audiofilia”), pode fazer sentido optar por aparelhos separados. A Audio Interface liga ao computador, o conversor faz a ponte entre analógico e digital e o pré-amplificador trata de elevar sinais de microfone, por exemplo. Um motivo frequente para conversores AD/DA dedicados é o número de canais: mais de 8 entradas em soluções tudo-em-um é menos comum. Dá para expandir via ADAT, mas para arquiteturas maiores, normalmente entram em cena sistemas dedicados.

 
Imagem do produto: Audient ASP880 pré-amplificador de microfone 8 canais
Com chips Burr Brown e uma secção digital bem construída, o Audient ASP880 oferece elevada qualidade de gravação em 8 canais de microfone — perfeito para expandir uma Audio Interface existente.
 

Na maioria dos fabricantes, para muitos canais vais precisar de equipamento adicional além da tua Audio Interface. Outra vantagem dos conversores separados é a flexibilidade de posicionamento: podes colocá-los mais perto da sala de captação, reduzindo o trajeto analógico (mais sensível) ao mínimo.

 
Imagem do produto: RME M-32 AD Pro conversor A/D 32 canais
O RME M-32 AD Pro converte 32 sinais analógicos e envia-os via MADI e rede AVB. Além disso, precisas de uma Audio Interface com as entradas digitais adequadas.
 

O que faz um conversor digital?

Para digitalizar um sinal analógico, precisas de um conversor. Normalmente isto está integrado numa Audio Interface e passa despercebido — apesar de ser um passo decisivo na cadeia. Hoje em dia, os conversores AD/DA utilizados por marcas conhecidas, mesmo em gamas acessíveis, são muito competentes. Em produções high-end, conversores inferiores (em equipamento antigo ou muito barato) ainda podem tornar-se um gargalo.

 

Para uso em casa

Também existem conversores simples e económicos (analógico ↔ digital) para tarefas específicas, por exemplo converter um sinal RCA para S/PDIF ótico ou coaxial — da consola ou receiver para a TV. São compactos, fazem uma função e podem oferecer melhor qualidade do que os conversores integrados em muitos aparelhos de consumo.

Imagem do produto: conversor Lindy analógico-para-digital
Este conversor Lindy transforma um sinal estéreo analógico num sinal digital S/PDIF.
 

De analógico para digital

Antes de um sinal analógico se tornar uma sequência digital de zeros e uns, precisa de cumprir alguns requisitos. Primeiro, é gerado o nível necessário para o chip. Depois, é filtrado tudo o que está fora da banda útil (anti-aliasing). Estes blocos totalmente analógicos influenciam bastante o som e são desenhados com grande cuidado por fabricantes de referência.

O chip em si é apenas uma parte: existem poucos fabricantes de chips (por ex., Burr Brown, ESS, AKM, Cirrus Logic) e chips semelhantes podem aparecer em produtos de preços muito diferentes. A diferença costuma estar na implementação: fonte de alimentação, routing interno e, sobretudo, um clock estável. E claro, a preparação analógica tem de ser excelente para que o sinal digital represente fielmente o original.

 

Taxa de amostragem (kHz)

A taxa de amostragem define quantas vezes por segundo o sinal é medido e convertido para digital. Na conversão de volta para analógico, a onda é reconstruída e filtrada para ficar suave. A regra chave: metade da taxa é a frequência máxima representável (Nyquist). A 48 kHz, isso dá 24 kHz. Na maioria das produções, 44,1 ou 48 kHz é o padrão. 88,2 ou 96 kHz pode fazer sentido em alguns workflows, mas não garante automaticamente melhor som.

 

Profundidade de bits

Cada amostra é guardada com uma resolução dinâmica. Quanto maior a profundidade, mais passos de volume são representados. Com pouca profundidade e sinais muito baixos, pode surgir ruído de quantização. Por isso, com 16 bit era comum gravar bem alto. Hoje, 24 bit dá muito mais margem e torna o ganho mais confortável (muitas DAWs trabalham com headroom por volta de -18 dBFS). Algumas soluções usam 32 bit; e muitas DAWs processam internamente em 32-bit float ou 64-bit float.

 

Caso especial: áudio DSD

Além do PCM (por ex. 48 kHz/24 bit), existe o DSD (Direct Stream Digital) no segmento high-end. O DSD usa taxas de amostragem extremamente altas (na ordem dos MHz), mas com apenas 1 bit de resolução. Para controlar ruído e conteúdo ultrassónico, recorre-se a noise shaping e filtros passa-baixo. O formato aparece em SACD e algumas produções de nicho.

 

Conclusão

Conversores high-end são ideais para estúdios profissionais que não aceitam compromissos. Mais do que o chip, conta a implementação (alimentação, secção analógica, routing e clocking) — e isso explica a diferença de preço face a Audio Interfaces mais económicas. Em setups exigentes, entram em jogo fatores como redundância, protocolos específicos (MADI), routing avançado, sincronização extremamente precisa (Word Clock) e até uma coloração sonora desejada. Ao mesmo tempo, a qualidade das interfaces atuais é tão elevada que, em muitos casos, o conversor já não é o principal gargalo.

 

FAQ – Conversores de áudio

Qual é a diferença entre conversão AD e DA?

AD converte sinais analógicos (microfone/line) em dados digitais para a DAW. DA converte dados digitais em sinal analógico para monitorização e outboard.

Uma Audio Interface chega ou preciso de um conversor externo?

Para a maioria dos setups, uma boa Audio Interface é suficiente. Conversores dedicados fazem mais sentido com muitos canais, interfaces específicas (ex.: MADI) ou requisitos audiofilos.

O que ganho com mais canais num conversor?

Mais canais ajudam a gravar várias fontes em simultâneo (bateria, live) e a criar rotas complexas com outboard. Aí, um AD/DA multicanal pode expandir a tua Audio Interface.

Que taxa de amostragem devo usar: 44,1 / 48 / 96 kHz?

44,1 ou 48 kHz é o padrão e normalmente o mais eficiente. 96 kHz pode trazer vantagens em alguns casos, mas aumenta CPU e armazenamento.

Porque é que 24 bit é o standard atual?

24 bit oferece grande dinâmica e facilita o ganho (mais headroom e menos risco de ruído de quantização em sinais baixos). É o sweet spot para recording.

O que é Clock/Word Clock — preciso disso?

Word Clock sincroniza vários dispositivos digitais. Se ligares mais do que um aparelho digitalmente, a sincronização é importante. Com uma única Audio Interface, muitas vezes não é essencial.

O mais importante é o chip ou a secção analógica?

Ambos contam, mas a secção analógica (alimentação, filtragem, routing) e um clock estável têm enorme impacto. A mesma família de chips pode soar diferente conforme a implementação.

ADAT, S/PDIF, AES/EBU, MADI — qual interface devo escolher?

Para setups pequenos, S/PDIF pode bastar. ADAT é popular para expandir canais (ex.: +8). AES/EBU é robusto em contexto pro. MADI é ideal para muitos canais.

Um conversor externo melhora sempre as gravações?

Pode melhorar — mas depende da cadeia completa (microfones, preamps, sala, monitorização). Em muitos casos, um upgrade noutra parte traz mais diferença do que trocar apenas o conversor.

Em que devo reparar ao escolher uma Audio Interface?

Procura I/O suficiente, interfaces digitais adequadas, drivers estáveis/baixa latência, bons preamps, opções de monitorização e expansão (ex.: ADAT) ajustadas ao teu workflow.

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